Ayrton Senna da Silva, mais conhecido como Senna, foi um dos maiores pilotos automobilísticos das décadas de 80 e 90 e continua sendo o ídolo de muitos apaixonados pelo automobilismo.
Senna veio ao mundo no dia 21 de março de 1960 e nos deixou dia 1 de maio de 1994, fazendo o que ele mais amava ao bater em uma mureta de proteção no Grande Prêmio de San Marino, em Ímola. Você conhece a história de Ayrton Senna?
Neste artigo, vamos te contar como sua história começou. Prontos para muita emoção e adrenalina? Vamos nessa!
Os primeiros indícios de sua paixão
Ayrton Senna da Silva, nasceu dia 21 de março no ano de 1960, na cidade de São Paulo (SP). Filho de Milton da Silva e Neide Senna da Silva, Senna teve uma infância feliz, pois nunca passou por dificuldades, já que seu pai era um empresário bem estabelecido.
Senna era uma criança muito inquieta, sempre estava aprontando uma travessura. Ele gostava muito de assistir o clássico desenho japonês “Speed Racer”. Senna amava brincadeiras que envolviam velocidade, parece que a paixão por correr já corria em suas veias desde menino.
Senna tinha apenas 4 anos de idade quando seu pai percebeu o seu interesse por corridas, e então, o presenteou com um carrinho de kart que havia sido feito por ele mesmo.
Com toda a agitação de Senna e o seu jeito estabanado, fez com que seus pais se questionasse se aquele carrinho era mesmo o melhor presente para uma criança, mas deixaram esse questionamento de lado, ao ver a alegria do menino. Temos a certeza que jamais havia passado pela sua cabeça de seus pais que aquele presente mudaria a vida do pequeno para sempre, dando início a sua grande jornada no automobilismo.
Todos ficaram surpresos ao ver a facilidade de Senna ao conduzir aquele pequeno veículo, até porquê Senna tinha apenas 4 aninhos de idade.
E a paixão foi aumentando…
Acreditem, com apenas 9 anos de idade, Senna já tinha plena noção de como dirigir um veículo maior, e então o seu pai já o deixava dirigir alguns de seus carros dentro de suas fazendas. Para conseguir pilotar, ele sentava bem na ponta do banco, ele tinha que esticar as pernas para alcançar os pedais e enxergava por dentro da direção.
Seu pai nas horas livres, pegava o caminhão colocava a molecada e os karts em cima e levava todos para correr nas ruas asfaltadas de um novo bairro que estava se formando:
A vontade de ser um grande piloto aumentava a cada dia que passava, então, aos 13 anos de idade, Senna começou a competir em corridas de Kart profissionalmente, e PASMEM, logo na sua primeira corrida no ano de 1973, Senna conquistou o primeiro lugar no pódio! A corrida aconteceu no Kartódromo de Interlagos (que hoje tem o seu nome). Foi nesse momento que sua jornada nas pistas se iniciou.
Aos 17 anos, Senna venceu o seu primeiro Campeonato Sul Americano de Kart, e o seu primeiro título nacional veio somente um ano depois, em 1978, quando ele ainda estava no auge de seus 18 anos. Ele era tão bom no que fazia, que conseguiu o título de campeão brasileiro de kart nos próximos 2 anos seguidos (1979 e 1980).
O capacete amarelo
O capacete amarelo de Ayrton Senna fez sucesso, pois já dizia Sid Mosca: “O capacete é a extensão do corpo”. Realmente, não conseguimos imaginar Senna competindo sem o seu capacete amarelo.
A história do capacete amarelo começou no ano de 1979, Senna havia sido convocado para participar do Mundial de Kart no kartódromo de Estoril, Portugal. Segundo as regras do campeonato, todos os pilotos de cada país deveriam ter um capacete personalizado, e então, uns dias antes de sua viagem a Europa, Senna procurou o mestre da aerografia, Sid Mosca.
Sid teve a grande ideia de pintar o capacete de Senna com as cores da bandeira do Brasil, como mostra na obra abaixo:
Neste jogo, houve um empate por conta dos pontos entre Senna e o seu próprio companheiro de equipe da DAP, o piloto holandês Peter Koene. Em uma decisão superior, Koene foi declarado campeão, enquanto Senna ficou no segundo lugar, sendo vice campeão.
A organização do Mundial, olhando por um outro lado, teve uma interpretação diferente da interpretação do regulamento: o título seria de Koene graças ao resultado das semifinais, onde ele havia terminado em quarto lugar, enquanto Senna foi o oitavo. Nesta prova, o brasileiro era o segundo colocado até perto das voltas finais, quando o líder da prova teve um problema com o kart na frente de Ayrton, que não teve tempo de desviar da colisão e ambos rodaram.
Após aquele campeonato, Senna retornou ao Brasil e foi conversar com Sid, pedindo para que ele fizesse daquela pintura, a sua marca. O que ninguém imaginava é que aquele capacete amarelo ficaria eternizado na história e legado que Ayrton Senna nos deixou. Ele pode até não ter ganhado o título principal, mas ganhou algo que levaria consigo a sua vida inteira: a sua identidade nas pistas.
A revolução de Ayrton Senna
Após muitos anos sendo destaque no mundo do kart, Senna buscava mais!
A partir do ano de 1981, ele decidiu que era o momento de entrar nas competições automobilísticas da Europa, mas mesmo assim, não abandonou seu grande companheiro da infância e adolescência: o Kart.
Ele ainda disputou o Mundial de Kart daquele ano em Parma, Itália, ficando em 4º lugar. Sua última participação foi em 1982, em Kalmar, Suécia, onde foi apenas o 14º.
Apesar de seus títulos no kart, Senna teve que dar um tempo em seus sonhos, pois teve que ir embora da Europa por não ter conseguido patrocinadores para sustentar suas despesas, já que sua família não o apoiava 100% devido aos perigos que as pistas de corrida traziam.
Senna deixou de lado toda a sua vontade de continuar correndo para voltar ao Brasil e começar a administrar os negócios da família.
A volta épica de Ayrton Senna nas pistas
Pouco tempo após desistir do automobilismo, Senna percebeu que a paixão pelo automobilismo não saia de dentro de seu coração.
Em fevereiro de 1982, ele decidiu voltar para a Europa e continuar sua carreira como piloto. Naquele mesmo ano, após sua pequena pausa, Ayrton Senna estava com o foco total na Fórmula Ford 2000, e acabou conquistando esse título europeu e depois o título britânico, ainda no ano de 1982.
O Grande Ayrton Senna havia voltado com tudo, conquistando 22 vitórias em apenas 27 corridas representando a equipe de Ron Dennis.
Em 1983, Ayrton começou a disputar a Fórmula 3. Ele queria ir subindo de degrau aos poucos, até chegar na tão sonhada Fórmula 1. E a boa notícia: ele conseguiu conquistar o título do campeonato inglês da F3!
A chegada de Ayrton Senna na Fórmula 1
Após diversos momentos querendo desistir, no dia 25 de Março de 1984, Ayrton Senna finalmente estreava na Fórmula 1. A pista carioca, no Autódromo de Jacarepaguá, foi o palco da estreia do maior protagonista automobilístico de todos os tempos!
Tudo começou dentro de um carro das cores branca, azul e vermelho, de uma equipe bem pequena comparada com equipes poderosas da Ferrari, Renault, McLaren e Lotus – a Toleman.
Nas duas corridas, Senna anotou seus primeiros pontos na F1 com dois sextos lugares.
Estes bons resultados e davam confiança para o brasileiro iniciar a construção de seu nome já no ano de estreia, mas o que estava para acontecer nas ruas de Monte Carlo, com certeza, chegaria a outros patamares.
A corrida gravaria pela primeira vez o nome de Ayrton Senna entre os outros grande pilotos desta categoria: o brasileiro largou em 13º, deu um show histórico e conquistou seu primeiro pódio na F1, com o segundo lugar em meio à chuva em Mônaco, mas infelizmente, a prova teve que ser encerrada com apenas 31 voltas, devido às condições perigosas.
Ayrton Senna estava muito feliz com sua estreia, pois era o início da jornada que mais marcaria a sua história:
To be continued…
Todos nós podemos afirmar com propriedade que Ayrton Senna foi um dos maiores pilotos automobilísticos de todos os tempos.
Ele não só fez história no automobilismo, como inspirou toda a nação a ter orgulho da bandeira brasileira, isto é, de ser brasileiro.
Todos ficavam vidrados na televisão quando Senna começava a correr. Até parecia que o carro conduzia ele e não o contrário, já que suas manobras eram tão perfeitas.
Desde sua estreia na F1, a luta não parou por aí. Pelo contrário, foi apenas o começo de uma série de grandes vitórias, e claro, grandes desafios.
Fiquem ligados nos próximos capítulos sobre o legado deste herói brasileiro, chamado Ayrton Senna…
“Eu não tenho ídolos. Tenho admiração por trabalho, dedicação e competência.”
Ayrton Senna