Você que também é apaixonado por velocidade sabe que a NASCAR – National Association for Stock Car Auto Racing – é um baita exemplo de competição que une velocidade e astúcia dos pilotos!
Tudo começou pela paixão estadunidense por carros, dando à NASCAR o status de segunda modalidade com mais audiência nas telonas dos EUA, perdendo apenas para a NFL…
O espetáculo é geralmente realizado nos famosos circuitos ovais, que diferente das outras competições, as pistas não apresentam muitas peculiaridades, mas isso não torna a competição menos interessante, pelo contrário.
Podemos dizer que a NASCAR não é exatamente uma competição, mas uma espécie de associação esportiva que sanciona competições que até 2022 se dividia em três principais categorias: Cup Series, Xfinity Series e Camping Wrold Truck Series.
A partir de 2023, a NASCAR se uniu à GT Sprint Race trazendo uma categoria inédita no Brasil, a chamada Nascar Brasil Sprint Race! Continue a leitura e saiba mais detalhes sobre essa nova série, e aproveite para relembrar os pilotos brasileiros mais icônicos que já fizeram parte da Nascar.
O início de uma nova Era: no automobilismo Nascar Brasil Sprint Race!
A Nascar anunciou em 16 de novembro de 2022 o lançamento de sua quarta categoria internacional, e que será também a primeira na América do Sul: A Nascar Brasil Sprint Race, fruto de uma parceria entre a entidade de automobilismo e a série GT Sprint Race no Brasil.
A nova competição terá início em março de 2023 e se unirá às séries disputadas no México, no Canadá e na Europa, totalizando 12 países.
“O Brasil é um país vibrante, rico em cultura e comunidade de automobilismo, e o local perfeito para nossa primeira série na América do Sul. A Nascar Brasil Sprint Race nos permitirá mostrar as emocionantes corridas lado a lado que definem a Nascar, ao mesmo tempo em que dará aos fãs brasileiros uma série à qual eles se sentirão conectados. É nossa esperança e intenção que esta série também abra mais caminhos para os melhores pilotos, mecânicos e engenheiros do país avançarem para a série nacional nos Estados Unidos, o auge mundial das corridas de stock car”, afirmou Chad Seigler, vice-presidente internacional da entidade.
“Estamos honrados em unir forças para criar a Nascar Brasil Sprint Race. A GT Sprint Race têm proporcionado corridas emocionantes aos fãs desde 2012, e esta parceria ajudará a levá-la ao próximo nível, com a introdução de mais corridas ao estilo da Nascar, incluindo futuras corridas em pistas ovais. Este é um dia histórico para o automobilismo no Brasil e que beneficiará os fãs de corridas em todo o país”, celebrou Carlos Col, sócio da nova competição.
A GT Sprint Race foi fundada em 2012 por Thiago Marques, ex-piloto de destaque da Stock Car no Brasil, com o objetivo de equilibrar altos níveis de competição, desempenho e segurança. A programação de 2022 incluiu 18 corridas de sprint em nove finais de semana, com provas realizadas em todo o Brasil, incluindo o Autódromo de Interlagos, em São Paulo.
Nascar Brasil Sprint Race: Programação 2023
De acordo com o site oficial da nova série, as competições já iniciam em março no estado de Goiânia (GO):
O legado brasileiro na história da NASCAR
Nas últimas décadas, três pilotos brasileiros competiram na Nascar, nos Estados Unidos:
- Christian Fittipaldi fez 15 largadas na Cup Series em 2003.
- Nelsinho Piquet participou de 83 corridas nas três séries nacionais da categoria, de 2010 a 2016, vencendo três vezes;
- Miguel Paludo teve 81 participações na Nascar Xfinity Series e na Craftsman Truck Series, incluindo três na temporada passada.
Pilotos brasileiros que já correram na NASCAR: Christian Fittipaldi
Christian Fittipaldi, filho de Wilson Fittipaldi Júnior e sobrinho de Emerson Fittipaldi, é o único piloto brasileiro que já disputou provas da Formula 1, Champ Car e NASCAR Winston Cup, três das principais categorias do automobilismo mundial.
Christian foi diversas vezes campeão de Kart, vencedor de campeonatos como a Fórmula 3 Sul-americana e Fórmula 3000 Internacional.
Ele participou em 43 Grandes Prêmios de Fórmula 1 e correu pelas equipes Minardi e Arrows, pontuando 5 vezes. Em seguida foi quinto lugar na CART em 1996 e 2002, conseguindo duas vitórias (Road America e California Speedway), bem como um segundo lugar nas 500 milhas de Indianápolis em 1995. Neste ano, Fittipaldi correu algumas provas da NASCAR Winston Cup, chegando a largar da sétima posição na etapa de Michigan.
Destacou-se também nas categorias de corridas de resistência (protótipos), venceu a Rolex 24 at Daytona (24 Horas de Daytona) em 2004, 2014 e 2018, as 12 Horas de Sebring de 2015, 6 horas de Watkins Glen. Ganhou o título de piloto da United SportsCar Championship em 2014 e 2015 e sétimo no campeonato da Rolex Sports Car Series de 2013.
Com o fim de sua carreira na CART, Fittipaldi voltou-se para a NASCAR. Durante 2001 e 2002, ele teve três participações em etapas da NASCAR Busch Series. Apesar de não atingir grandes resultados, ele conseguiu chamar a atenção de Richard Petty para correr pela equipe, estreando no Phoenix International Raceway.
Em 2003, participou pela primeira vez nas 500 milhas de Daytona, em uma corrida de teste com a equipe de Andy Petree, disputando então 14 corridas com a Petty.
Pilotos brasileiros que já correram na NASCAR: Nelsinho Piquet
Nelson Angelo Tamsma Piquet Souto Maior, mais conhecido como Nelsinho Piquet ou Nelson Piquet Jr., é um automobilista brasileiro nascido na Alemanha e que foi transferido para o Brasil ainda criança. É filho do tricampeão mundial de Fórmula 1 brasileiro Nelson Piquet e da ex-modelo neerlandesa Sylvia Tamsma, e neto do médico Estácio Gonçalves Souto Maior, ex-ministro da saúde.
Em 2012 ele entrou para a história do automobilismo nacional ao tornar-se o primeiro brasileiro a vencer uma das três divisões nacionais da Nascar. Três anos depois, em 2015, mais duas conquistas: Tornou-se o primeiro brasileiro a vencer um evento internacional de primeira linha no rallycross: a etapa de Washington do Global Rallycross Championship (GRC), além de ter sido o primeiro campeão da Fórmula E.
Em 6 de fevereiro de 2010, fez sua estreia na NASCAR, em Daytona, na abertura da temporada da ARCA, divisão de acesso para a categoria principal. Largando do sexto lugar no grid, acabou se envolvendo em um acidente durante a prova e chegando apenas na vigésima sétima posição. Na semana seguinte, Nelsinho estreou na NASCAR Camping World Truck Series pela equipe Red Horse Racing, largou em 22º e fez uma excelente prova, terminando em 6º. Fez ainda outras 4 corridas pela equipe Billy Ballew Motorsports, conseguindo mais 2 top-10 (no Texas e em Michigan), chamando a atenção das equipes. Em agosto ele foi convidado a disputar a prova de Watkins Glen (circuito misto) na Nationwide Series, onde chegou na 7ª colocação.
Em 2011, fechou contrato com a equipe Kevin Harvick Inc. para disputar a temporada completa da Camping World Truck Series. Na primeira corrida em Daytona, Piquet se classificou em 4º mas por problemas no carro foi punido e largou na penúltima colocação, na qual vinha fazendo uma boa corrida, mas faltando 20 voltas pro final o motor Chevrolet se entregou e Nelsinho não completou a prova. Na segunda prova, em Phoenix, teve dificuldades de adaptação à pista e largou apenas na 22ª posição, terminando em 13º. Na terceira etapa, em Darlington, Nelsinho começou bem, largando em 9º, mas na metade da prova foi tocado por Parker Kliegerman que o levou a um toque no muro. Nelsinho teve um pneu furado e a suspensão danificada com a batida e estava tentando terminar a prova quando bateu novamente e abandonou, terminando em 32º. Em Martinsville, outro oval curto, Piquet não conseguiu evitar o choque após várias batidas à sua frente. Terminou a prova em 30º. Em Nashville, Piquet começa a escrever sua história vitoriosa no automobilismo americano, conquistando um 2º lugar, o melhor resultado de um brasileiro na NASCAR até então. Nas provas seguintes em Dover e Charlotte, Nelsinho fez suas melhores provas da categoria, mas acabou perdendo a chance de um bom resultado na última volta. Em Dover numa batida com Timoty Peters e em Charlotte – onde chegou a disputar a 1ª posição – perdendo o controle e rodando sozinho.
No dia 23 de junho de 2012 ele entrou para a história do automobilismo nacional ao ser o primeiro brasileiro a vencer em uma das três divisões nacionais da Nascar, ao chegar em primeiro lugar na etapa de Sargento 200 da Nationwide Series. No dia anterior, Piquet já havia feito história, sendo o primeiro brasileiro a marcar uma pole position na categoria americana. Sua participação, no entanto, foi especial e ele não pontuou pelo campeonato.
Pilotos brasileiros que já correram na NASCAR: Miguel Paludo
Miguel Paludo é um piloto de automobilismo brasileiro, iniciou no kart em 1997, interrompendo a atividade posteriormente por falta de patrocínio. Retornou em 2004 na TC1600, uma categoria gaúcha, correndo em dupla com o irmão Daniel. Participou de algumas provas da Copa Renault Clio. Disputou a Porsche GT3 Cup tornando-se campeão em 2008 e 2009. Participou também da GT3 ao lado de Ricardo Maurício.
Em 2010 prosseguiu sua carreira nos Estados Unidos, disputando nove provas da K&N Pro Series East, uma das divisões regionais da Nascar. Estreou na Camping World Truck Series em 20 de agosto de 2010, em Bristol Motor Speedway, num Toyota Tundra pela equipe Germain Racing. Nesse ano disputaria ainda mais três provas.
Disputou a temporada de 2011 pela equipe Red Horse Racing. Na abertura da temporada em Daytona, terminou a corrida em 4º lugar.
No primeiro ano nos Estados Unidos, o gaúcho conquistou três prêmios da Nascar (por mais ultrapassagens nas corridas) e estreou com um top-10 na Truck Series, uma das três competições nacionais do automobilismo americano. Na etapa de encerramento, em Homestead, repetiu o nono lugar entre as 36 picapes e garantiu contrato para correr a temporada de 2011 com a equipe Red Horse Racing, iniciando um caminho inédito para os pilotos brasileiros em um campeonato nacional da Nascar.
Em seu primeiro ano completo na Truck Series, Paludo acumulou cinco top-5, incluindo um quarto lugar logo na abertura do campeonato, em Daytona, e um terceiro, na prova de Michigan. O brasileiro também fez sete top-10 e completou 19 voltas na liderança. “Foi um ano de altos e baixos, mas fiquei feliz de liderar e disputar a vitória em algumas etapas”, disse Miguel.
Em 2012, o gaúcho fez seu segundo ano completo na Truck Series, agora na equipe Turner Motorsports, pela qual também competiu em algumas etapas da Nationwide Series
E além de todo o seu legado na categoria, Miguel Paludo fala sobre a sua participação na NASCAR em 2022 e sobre a sua volta na categoria em 2023:
Tenha o seu capacete personalizado e assinado pela grife Sid Special Paint!
Desde 1973 transformamos capacetes em arte.
A Sid Special Paint é uma grife mundialmente conhecida na pintura e personalização de capacetes, carros, motos e miniaturas.
Nossa grife já pintou milhares de capacetes ao longo dos anos e muitos dizem que nossa assinatura trás muita sorte nas pistas pelo mundo afora! Estivemos juntos em momentos muito importantes na carreira de grandes pilotos.
Saiba mais sobre a nossa história e venha bater um papo com a nossa equipe!