Apontada como uma das maiores corridas do planeta, as 500 Milhas de Indianápolis, abreviada para Indy 500, é uma das provas mais tradicionais, se não for a mais tradicional e desejada pelos fãs de automobilismo estadunidense.

O evento está associado à categoria Indycar Series, ou Fórmula Indy como ficou conhecida no Brasil, e é sem dúvida, a competição de monopostos mais equilibrada disputada hoje em dia. Nos Estados Unidos, ela é o destino mais popular quando o assunto são corridas, carros, aficionados por velocidade e história da competição a motor no país. 

Não à toa que a Indy 500 é anunciada pelos gringos como The Greatest Spectacle in Racing – na tradução – O Maior Espetáculo do Automobilismo, ela é considerada parte da Tríplice Coroa do Automobilismo, que é composto por três dos mais prestigiados eventos do esporte a motor no mundo: o Grande Prêmio de Mônaco e as 24 Horas de Le Mans. 

Quer saber tudo sobre as 500 Milhas de Indianápolis? Aperte os cintos e vamos viajar por essa história! 🏁

Fórmula Indy

A Fórmula Indy tem uma história bem longa que começa em 1900, no momento em que um grupo de empresários do estado de Indiana, nos Estados Unidos, construiu o circuito de Indianapolis Motor Speedway.

A pista, que seria para testes da indústria automobilística dos Estados Unidos, teve sua primeira corrida de 500 milhas 11 anos depois.

Indycar

Organização Indy 500

De 1911 até 1955, o evento fazia parte do Campeonato Nacional da Associação Automobilística Americana (em inglês: American Automobile Association), mais conhecida por AAA. No rastro das consequências da tragédia de Le Mans em 1955, a AAA deixou de promover corridas. Tony Hulman, proprietário do circuito oval de Indianápolis, criou a United States Auto Club (USAC) e a Indy 500 tornou-se uma prova do campeonato nacional da USAC. A corrida também contava pontos – até 1960 – para a Fórmula 1, embora raramente pilotos do Campeonato Mundial da Fórmula 1 disputassem (exceto Alberto Ascari).

Em 1979, os donos de equipes fundaram a Championship Auto Racing Teams (CART), que começou a promover seu próprio campeonato de monopostos. Anos mais tarde, a USAC deixou de promover corridas de monopostos americanos, apesar de continuar supervisionando as 500 milhas de Indianápolis (1956-1997), que rapidamente se juntou ao calendário de corridas da CART.

Tony George, presidente do oval de Indianápolis no início da década de 1990, anuncia planos de fundar um novo campeonato chamado Indy Racing League (IRL), alegando zelar pela tradição dos circuitos ovais americanos e as especificações dos monopostos, e, em seguida, teve seu nome alterado para IndyCar Series no início da década de 2000. A IndyCar Series e a já renomada Champ Car, se unificaram em 2008 em um único campeonato e se tornaram posteriormente IndyCar.

História das 500 Milhas de Indianápolis 

As 500 Milhas de Indianápolis construiu uma fama ao longo de mais de 100 anos, o que a torna uma das mais antigas provas automobilísticas do mundo e, consequentemente, uma das mais famosas e renomadas. 

Disputada pela primeira vez em 1911, e, exceção aos períodos em ocorreram as duas grandes guerras mundiais, sempre foi disputada.

A primeira edição contou com a vitória de Ray Harroun, que pilotou um Marmon Wasp. Desde então, foram disputadas 103 edições da corrida no Indianapolis Motor Speedway – nem sempre chegando às 500 milhas – e 73 pilotos se sagraram vencedores. Destes, três possuem quatro vitórias: AJ Foyt, Al Unser e Ricky Mears, todos americanos.

Um quarto nome poderá alcançar este número neste ano: Helio Castroneves. O piloto, que neste ano correrá pela Meyer Shank, possui três vitórias, obtidas em 2001, 2002 e 2009, e pode se tornar o primeiro não americano a alcançar os quatro triunfos no Brickyard. Castroneves também é o único três vezes vencedor ainda em atividade.

Excetuando-se os americanos, o país com mais vitórias em Indianápolis é o Reino Unido, que tem oito vitórias: três com Dario Franchitti, duas com Dan Wheldon, e uma com George Robson, Jim Clark e Graham Hill, este último, o único a conquistar a Tríplice Coroa do automobilismo, tendo vencido também o Grande Prêmio de Mônaco e as 24 Horas de Le Mans.

O Brasil tem sete vitórias na Indy 500. Além das três de Castroneves, Emerson Fittipaldi venceu duas vezes, enquanto Gil de Ferran e Tony Kanaan possuem uma vitória cada. França, com quatro triunfos, Itália, com três, e Holanda, Colômbia e Japão, todos com duas vitórias, completam a lista de países com mais de uma vitória na mais importante corrida do automobilismo americano.

Quando se trata de equipes, a maior vencedora, de longe, é a Penske, dona de 18 vitórias no Brickyard. A Andretti Autosport é a segunda com mais triunfos, com seis, sendo seguida pela extinta Lou Moore, com cinco. A Chip Ganassi tem quatro vitórias. Chama atenção na lista de equipes vencedoras ainda a AJ Foyt, com três triunfos, a Peugeot e a McLaren, donas de duas vitórias cada.

Mulheres na Indy 500

As mulheres a se inscreverem nas 500 Milhas de Indianápolis, foram Janet Guthrie (1977-1979, a primeira), Desiré Wilson, Amber Furst, Lyn St. James, Sarah Fisher, Danica Patrick, Milka Duno, Ana Beatriz “Bia” Figueiredo, Pippa Mann, Simona de Silvestro, Katherine Legge.

As 500 Milhas de Indianápolis de 2009, três mulheres se classificaram no circuito oval: as americanas Sarah Fisher e Danica Patrick, mais a venezuelana Milka Duno. 

Neste ano, a famosa frase, o slogan automobilístico Gentlemen, start your engines! (“Senhores: liguem seus motores”) foi modificado por Ladies and Gentlemen, start your engines! (“Senhoras e Senhores: liguem seus motores”).

Mulheres na Indy 500

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