Rubens Barrichello, o nosso amado Rubinho, passou 19 anos na Fórmula 1 e foi vice-campeão em duas temporadas como principal companheiro de Michael Schumacher, um dos maiores campeões de F1 de todos os tempos. 

Mas o legado de Rubens Barrichello não para por aí não… o paulista também é campeão da Stock Car e continua fazendo muita história no automobilismo! 

Hoje vamos falar mais sobre o grande legado que Rubinho construiu e vem construindo nas pistas brasileiras e internacionais, continue com a gente!

Quem é Rubens Barrichello?

Rubens Barrichello nasceu em São Paulo no dia 23 de maio de 1972. É o piloto mais automobilístico da história da Fórmula 1, com 326 GPs! 

Após 19 anos na Fórmula 1, Barrichello assumiu um cargo na Fórmula Indy. Ele também foi o campeão 2014 da Stock Car.

Entretanto, como todos sabemos, a trajetória de Rubinho começou com o kart. Antes de deixar a Europa aos 17 anos, ele ficou em terceiro lugar no Campeonato de Fórmula Ford.

Os primeiros anos da trajetória de Rubens Barrichello

Rubens Barrichello é um piloto fantástico, daqueles que põe roda na cadeira e sai andando desde pequeno. 

Quando ele aprendeu a correr profissionalmente, logo virou um baita piloto de brasileiro de kart, conquistando 5 títulos e sendo considerado imbatível na época. 

Fez um ano de F-Ford no Brasil no ano de 1989, tendo vencido a primeira etapa em Florianópolis, circuito de rua e com pista molhada. No ano seguinte, foi competir na Europa, onde teve uma carreira vitoriosa. 

Foi campeão da Fórmula Opel em seu ano de estreia, 1990, com seis vitórias, sete pole positions e sete voltas mais rápidas. No ano seguinte foi campeão da Fórmula 3 inglesa, pela equipe West Surrey Racing, derrotando David Coulthard. Aos dezenove anos foi para a Fórmula 3000, na qual terminou em terceiro lugar na classificação geral.

Rubinho Barrichello, o campeonato europeu e a sua grande estreia na Fórmula 1

Em 1990, Barrichello foi ao continente europeu para realizar seu sonho de entrar na Fórmula 1. 

No seu primeiro ano no exterior, ele ganhou o Opel Champion do Draco Fórmula European Championship.

Em 1991, Rubens Barrichello deixou uma nova categoria e conquistou novamente o campeonato. Ele venceu o Campeonato Britânico de Fórmula 3 com a equipe West Surrey.

Após duas vitórias no campeonato, a equipe IL Barone Rampante foi convidada a participar do Campeonato Europeu de Fórmula 3000 de 1992. 

O terceiro colocado na categoria foi convidado a participar da Fórmula 1 de 1993.

Quando e como Rubens Barrichello começou na Fórmula 1?

Rubens Barrichello foi contratado pela Jordan com um carro de Fórmula 1 em 1993. 

Após os testes em Silverstone, o piloto brasileiro assinou contrato com a equipe irlandesa e fez sua primeira grande corrida no Grande Prêmio da África do Sul em Kyalami, no dia 14 de março daquele ano.

A entrada de Rubinho na Fórmula 1

Com a entrada de Rubinho na F1 em 1993 pela Jordan, ele foi conquistando ainda mais respeito no meio automobilístico.

Nunca imaginei isso tudo! Eu estava ali nas nuvens, os engenheiros, principalmente o Gary Anderson, estavam feliz com a minha entrada. Eu cheguei muito bem preparado na F1 apesar da juventude, preparado em saber desvendar os mistérios de acerto do carro, e querer melhorar mais. Mas nunca imaginei que seria uma carreira tão legal, e tão longa! Só tenho a agradecer!

Barrichello em entrevista ao GloboEsporte.com.

Rubinho chegou à Fórmula 1 credenciado por cinco títulos brasileiros de kart, além de ter conquistado também os campeonatos da Fórmula Opel e da Fórmula 3 Inglesa, e de ter sido terceiro colocado na Fórmula 3000 (o equivalente hoje à F2) em 1992. Barrichello assinou contrato com a Jordan, que havia tido excelente estreia na F1 em 1991, mas só tinha somado um ponto no ano seguinte, após problemas com os motores Yamaha. A equipe passou a usar unidades da Hart, consideradas confiáveis mas sem a mesma potência de outros motores.

Durante toda a sua trajetória na Fórmula 1, Barrichello acabou passando pelos seguintes times:

  • 1993-1996: Jordan
  • 1997-1999: Stewart
  • 2000-2005: Ferrari
  • 2006-2008: Honda
  • 2009: Brawn GP
  • 2010-2011: Williams

Nenhum piloto ficou 19 anos, isto é, 19 temporadas correndo de forma ininterrupta na F1 como Rubinho Barrichello! 

Ele foi recordista de GPs, e todas essas grandes vitórias e realizações se deram pela competência e agilidade do piloto, que sempre acertava o carro e que dificilmente rodava nas pistas.

🏁 Você pode ficar por dentro de mais detalhes sobre a carreira de Rubinho na F1 neste outro artigo.

A primeira volta de Rubens Barrichello no GP da Europa de 1993

A competição realizada em Donington Park, na Inglaterra, no dia 11 de abril de 1993, foi simplesmente épica! 

Em apenas uma volta, Rubens Barrichello saltou da 12ª posição para um surpreendente 4ª lugar na pista.

Rubens era um novato e estava participando da sua terceira corrida da Fórmula 1. Estar em Donington Park era, no mínimo, uma grande conquista.

O piloto foi notado naquele dia quando terminou em quarta posição, quando Rubens também estava ao lado de pilotos experientes.  

Quando Barrichello apareceu na primeira volta, ele derrotou Michael Schumacher, da Benetton Ford. Coincidentemente, o alemão foi um dos pilotos que foi ultrapassado por Senna no início da corrida de Donington, os outros foram Karl Wendlinger, da Sauber, Damon Hill e Alain Prost.

No entanto, antes de ultrapassar Schumacher, Rubens teve um desempenho verdadeiramente magnífico na primeira volta de Donington Park. 

Em um empate pelo 12º lugar, ele conquistou uma vaga antes do J.J. Lehto da Sauber, encontrou um problema e saiu do box. Na pista, o brasileiro venceu Johnny Herbert, da Lotus-Ford, e Riccardo Patrese, da Benetton, antes da primeira curva, e começou a se destacar. 

O próximo passo de Barrichello era se livrar do Gerhard Berger da Ferrari. Enquanto Senna ignorou Wendlinger e terminou em terceiro, o piloto Jordan foi o oitavo. Jean Alesi também estava na mira de Rubens, mas os franceses foram superados pelos brasileiros sem maiores problemas.

No início da segunda volta, Senna passou para a frente, seguido por Prost, Hill e Barrichello. Em um discurso impressionante na chuva, Rubens pressionou o piloto da Williams. 

Depois que o piloto da Jordan terminou em segundo, ele garantiu um incrível terceiro lugar antes de Prost. Mas depois de cinco voltas, a bomba de combustível do carro de Rubens quebrou, forçando Barrichello a desistir da corrida, e ele acabou perdendo o pódio.

Mas tudo bem, segundo Rubens Barrichello, ele tinha a melhor posição para olhar para o seu herói: Ayrton Senna da Silva

Mesmo assim, vale muito comemorar o desempenho de Barrichello, tanto que sua primeira volta em Donington Park foi uma das mais marcantes da categoria! 

Bora relembrar, em cores, a grande primeira volta do nosso Rubinho? 

Os primeiros pontos na F1 de Barrichello

Em sua primeira partida, Barrichello largou na 14ª parada, mas não conseguiu finalizar devido ao wrestling de Jordan. 

Depois de várias corridas de Grand Prix, ele marcou pela primeira vez na F1 – neste período, apenas os 6 primeiros pontuaram.

Rubens Barrichello no primeiro ponto da Fórmula 1 foi o quinto lugar no Grande Prêmio do Japão em 4 de outubro de 1993. O próximo passo é chegar ao primeiro pódio.

No GP de San Marino, na Itália, o piloto brasileiro sofreu traumatismo craniano, fratura do braço direito, fortes contusões na coluna e do lado direito do tórax, fratura do nariz e contusões na face e na boca, depois de um grave acidente no início da 1ª classificação.

Barrichello relatou que entrou rápido demais em uma variante baixa, tocou a zebra de forma que ela o arremessou para a barreira de pneus. Sua Jordan capotou duas vezes no acidente.

A Primeira Pole Position de Barrichello na F1

Depois de se recuperar de um grave acidente em San Marino e perder seu grande ídolo, Ayrton Senna, Rubens Barrichello conquistou a primeira pole position no Grande Prêmio da Bélgica em Spa-Francorchamps. 

Ele conquistou a sexta colocação no Campeonato Mundial de Automóveis de 1994 com 19 pontos.

Em 1995, Rubinho alcançou a melhor posição até então, ocupando o segundo lugar no Grande Prêmio do Canadá. No entanto, ele não completou 9 corridas naquela temporada, classificando-se apenas em 11 no mundo dos pilotos.

Em 1996, Barrichello ficou em oitavo lugar na Liga dos Campeões, ele disse adeus a Jordan. Naquele ano, seus melhores resultados ficaram em quarto lugar nos GPs da Argentina e da Grã-Bretanha.

O desempenho de Stewart melhorou em 1999. Em San Marino, França e Europa o GP conquistou 3 pódios.

Rubens Barrichello continuou na pole position na França e liderou o Grande Prêmio do Brasil com 23 voltas. Ele terminou em sétimo lugar no Campeonato Mundial com 21 pontos, o que lhe rendeu uma vaga na equipe da Ferrari.

Rubens Barrichello na equipe da Ferrari

A Ferrari foi a terceira equipe de Rubens Barrichello na Fórmula 1. Em 2000, foi contratado pela equipe italiana como companheiro do alemão Michael Schumacher, que venceu a Benetton duas vezes, mas ainda busca o terceiro lugar na categoria.

Barrichello conquistou sua primeira vitória na Fórmula 1 durante sua temporada de estreia na Ferrari.

Em 31 de julho de 2000, devido a uma falha elétrica na corrida classificatória, ele largou para a 18ª colocação, participou da corrida de recuperação e venceu o Grande Prêmio da Alemanha.

Em 2000, Rubinho ainda ocupava o 2º lugar em 4 jogos e 3º nos outros 4. Ganhou o 4º no Mundial, seu melhor recorde até então.

Na temporada seguinte, Barrichello não ganhou nenhum Grand Prix, mas ficou em terceiro lugar no campeonato.

Dois segundos classificados e o excelente “Hoje não”

As melhores temporadas do piloto brasileiro contra a Ferrari foram 2002 e 2004, quando foi vice-campeão, atrás do companheiro de equipe Michael Schumacher. Em 2004, Rubinho ocupava o quarto lugar no ranking mundial. 

Nesses três anos, Rubens Barrichello venceu 8 Grand Prix.

No entanto, durante o Grande Prêmio da Áustria de 2002, ocorreu um dos momentos mais marcantes da carreira de Rubens Barrichello na Ferrari. 

O piloto brasileiro entregou a posição da corrida para Schumacher conforme solicitado pela equipe e trouxe a corrida para a linha de chegada.

A série é marcada pela narrativa de Cléber Machado, e ele espera que o brasileiro conquiste o primeiro lugar.

O narrador da Globo disse: “Hoje não, hoje não … hoje sim.” Depois que Barrichello liderou todos os treinos e conquistou a pole position naquele fim de semana, ele lamentou a ultrapassagem de Michael Schumacher.

Relembre este capítulo aqui: 

Rubinho também defendeu a Ferrari em 2005, quando ocupava o 8º lugar no ranking mundial dos pilotos.

Quando Rubens Barrichello deixou a F1?

Depois de trabalhar na Ferrari por 6 anos, Rubens Barrichello ingressou na Honda em 2006. 

Embora tenha corrido pelo time japonês por três anos, durante este período, ele subiu ao pódio apenas uma vez e terminou em terceiro no Grande Prêmio da Inglaterra em 2008.

Em 2009, a Honda passou por uma grave crise na Fórmula 1 e foi adquirida pela Ross Brawn. A equipe com motores Mercedes ganhou o nome de Brawn, o que o surpreendeu e se firmou como o melhor candidato ao campeão de F1.

Em seguida, Barrichello disputou o primeiro lugar novamente. Ele ganhou o Grande Prêmio da Europa e Itália. 

No entanto, ele não conseguiu derrotar o companheiro de equipe Jenson Button, que estava à frente do alemão Sebastian Vettel e do piloto brasileiro.

Rubens Barrichello deixou seu legado na Fórmula 1

Embora nunca tenha conquistado um campeonato, Rubens Barrichello ainda mantém o recorde de mais carros na história da Fórmula 1, com 326 GPs.

  • Temporadas: 19 (1993 a 2011)
  • GPs: 326 (322 largados)
  • Vitórias: 11
  • Pódios: 68
  • Pontos: 658
  • Pole position: 14

🏁 Chegou a hora de incluir o aclamado capacete de Rubens Barrichello em sua coleção!

A primeira personalização do capacete de Rubens Barrichello

Quando Rubinho esteve na Sid Special Paint pela primeira vez, ele era bem pequenininho, mal falava direito, e estava acompanhado de seu tio, Dárcio, que disse à Alan Mosca: “Esse aqui vai ser piloto!” – E não é que Dárcio estava super certo?! 🤩

Depois de um tempo, Rubão, pai de Rubinho, veio à Sid Special Paint para personalizar o capacete que Barrichello havia ganhado de Ingo Hoffman, já que o piloto estava iniciando nas corridas pelo mundo.

Alan lembra que Rubinho tinha um papel com uns rabiscos que ele mesmo tinha bolado para a primeira pintura do capacete dele. 

Como você pode observar, este modelo já era um ARAI quando ele correu de Fórmula Ford, e foi até a Fórmula 3 com este mesmo capacete:

Era um capacete que levava uma barra e o topo azul e os dois gomos laranjas, que depois de um tempo, ele foi distanciando, dando mais destaque para o branco. 

Na época, ele usou muito este efeito do topo que chamamos de “Drops” ou “Bolhas”, e é um dos efeitos que Alan mais gostava de fazer – técnica que ele busca fazer até hoje nos capacetes dos clientes.

Logo depois, Alan começou substituir o laranja por um vermelho fluorescente, já a cor desbotava muito facilmente antigamente por conta dos raios solares.

Se observarmos bem, o capacete leva até umas pedradas na parte superior, que deve ter sido de David Coulthard, que disputou a Fórmula 3 com ele ferrenhamente até a última etapa, onde Rubinho merecidamente venceu o campeonato, abrindo as portas para ele estrear, finalmente, na Fórmula 1. 🏆

Segundo Alan, Rubinho é um piloto hiper competitivo e considerado o “Rei das táticas vencedoras”, e está sempre disputando as posições da frente. 🏁

O capacete mais aclamado na trajetória de Rubens Barrichello

Este já é o modelo do capacete que Rubinho correu em 1995, pela equipe da Jordan, um ano depois que Ayrton Senna havia falecido. 

Rubinho quis fazer uma grande homenagem ao legado de Senna, por meio de uma pintura e textura diferente, que pudesse simbolizar o capacete de Ayrton sendo vestido por ele – Foi uma fusão de pinturas, e segundo Alan, é o capacete de maior sucesso da história do piloto:

Nesta corrida, Rubinho largou na primeira fila do GP Brasil de 1995, sendo uma homenagem histórica e perfeita naquele momento, onde o Brasil e o mundo ainda estavam em luto por Ayrton Senna. 

É, inclusive, um capacete que todos pedem uma réplica para guardar de recordação em casa… Quem sabe, em breve, não venha mais uma grande parceria de Rubinho e Sid Special Paint para homologar e licenciar as réplicas do capacete do piloto do GP Brasil, de 1995, e de sua primeira vitória na Ferrari? Aguardem pelos próximos capítulos… 🤩

🏁 Curiosidade: Foi neste mesmo ano, em 1995, que Rubinho Barrichello também conquistou seu melhor resultado até então, segundo lugar no GP do Canadá no circuito Gilles. 🏆

Resumo das vitórias de Rubens Barrichello

Prêmios:

  • Melhor Novato Indy-500 (2012) 
  • 8 vezes vencedor do Capacete de Ouro: 1999, 2000, 2001, 2002, 2004, 2005, 2007, 2009 e 2014
  • Piloto Brasileiro da Decada: 2007

Títulos:

  • Campeão Sul-americano de Kart (2015)
  • Stock Car Brasil (2014)
  • Fórmula Opel (1990)
  • Fórmula 3 Inglesa (1991)
  • 500 Milhas da Granja Viana (1998, 2000, 2001, 2002, 2004, 2005, 2007 e 2008)
  • Pentacampeão Brasileiro de Kart
  • Pentacampeão Paulista de Kart
  • Vencedor do Desafio das Estrelas de Kart (2008)

Homenagem aos 40 anos de pista e de muita história

No ano de 2021, Rubinho completa 40 anos de pista e de muita história! Esperamos que ele continue sendo o Mestre das Pistas, rumo aos 50 anos de história nas pistas do automobilismo!

É um ano de muita comemoração, e para homenageá-lo, a equipe da Sid Special Paint fez um capacete para representar este momento tão especial em sua carreira. 🙌

Os bastidores…

Confira todos os bastidores dessa linda história, e dessa grande parceria entre Sid Special Paint e o Mestre Rubinho Barrichello, contada por Alan Mosca! 🙌