Hoje vamos continuar contando a história de uma das maiores estrelas da Fórmula 1: Nelson Piquet

Na primeira parte da história, falamos principalmente sobre o início da carreira de Piquet na Fórmula 1 e seus primeiros desafios e vitórias, conquistando o primeiro título mundial no GP do Oeste dos Estados Unidos em 1980.

Hoje daremos continuidade rumo ao bicampeonato de Nelson Piquet na F1 em meio à diversos obstáculos, inovações e muito suor! Prepare-se, porque tem muita história, desafios e muita pista ainda pela frente… 🏁

Novos experimentos e novas experiências…

Em 1982, como em muitos anos de carreira de Piquet, as inovações técnicas – especialmente a adoção do motor BMW Turbo – não permitiram um desempenho suficientemente competitivo. 

A equipe faz a estreia do novo motor alemão no Grande Prêmio da África do Sul no chassi BT50. Duas semanas após a realização na prova sul-africana, a escuderia resolveu suspender o uso do motor nas corridas seguintes, fato que foi concordado com a empresa alemã.

O ponto crítico desta nova experiência foi o sistema de freios, inadequado às novas exigências do novo motor. Enquanto o projetista Gordon Murray faz modificações no chassi e no sistema de freios para que se adapte ao motor, a escuderia foi para o Grande Prêmio do Brasil em Jacarepaguá, com o modelo do ano anterior, o BT49D, e motor Ford Cosworth V8 aspirado. 

Com ele, Piquet venceu-a, mas um mês após a corrida sua vitória foi cassada, o mesmo aconteceu com o segundo colocado, o finlandês Keke Rosberg da Williams também com o motor Ford Cosworth aspirado. Ambos tiveram seus resultados anulados em Paris, França, no Tribunal de Apelações da FISA (Federação Internacional de Automobilismo Esportivo), que acolheu protestos das equipes Renault e Ferrari após a etapa brasileira. 

As decisões do tribunal de apelações, composto por representantes de seis países, são inapeláveis. No protesto feito por Jean Sage, diretor técnico da Renault, este alegou que o carro de Piquet e de Rosberg disputaram o GP do Brasil abaixo do peso mínimo regulamentar, que é de 580 quilos, devido ao uso de um artifício não previsto pelo regulamento da FISA. E isso é verdade.

Na vistoria dos carros, os comissários de prova desconfiaram da função de uma estranha “caixa preta” acoplada ao Brabham, o mesmo aconteceu com o Williams. O sistema de refrigeração dos freios era feito com água, o que deixava os carros dentro do peso mínimo exigido antes da largada; porém, ao longo da corrida, a água armazenada nos carros era utilizada, o que deixava os monopostos mais leves do que os das demais equipes. Como o regulamento permitia a reposição dos fluidos antes da pesagem obrigatória, os carros voltavam a ficar dentro do regulamento. 

Com as duas desclassificações técnicas, o francês Alain Prost com o Renault RE30B V6 Turbo, foi declarado o vencedor da corrida. O curioso nessa decisão da FISA, tanto os carros da McLaren e da Lotus também usavam o mesmo recurso da Brabham e da Williams, e não foram desclassificadas. Em Long Beach, Rosberg terminou em 2º lugar, também correu com o carro equipado com tanque de água, mas não perdeu os 6 pontos com a posição conquistada.

Como a decisão do tribunal aconteceu na semana do Grande Prêmio de San Marino, as equipes FOCA (Associação dos Construtores da Fórmula 1) resolvem boicotar a prova em Ímola: Brabham, Williams, McLaren, Lotus, Ligier, Arrows, March, Fittipaldi, Theodore e Ensign. 

A partir do Grande Prêmio da Bélgica, a equipe volta a utilizar o modelo BT50 com o motor BMW Turbo; com ele, Piquet marca 2 pontos com o 5º lugar na pista belga. O atual campeão não conseguiu se classificar para o Grande Prêmio do Leste dos Estados Unidos em Detroit. 

Uma semana depois, o piloto brasileiro venceu em Montreal, o Grande Prêmio do Canadá. A prova ficou marcada com a morte logo na largada do italiano Riccardo Paletti que não conseguiu desviar da Ferrari do francês Didier Pironi que não partiu.

O ponto alto da temporada de Piquet foi um episódio tenso e, em segunda análise, hilariante. Quando estava próximo da fazer a troca de pneus e o reabastecimento no GP da Alemanha em Hockenheim, Piquet se aproximou do retardatário, o chileno Eliseo Salazar e tentou a ultrapassagem na Ostkürve, (a chicane norte do circuito alemão). Salazar não viu Piquet se aproximando, manteve a trajetória normal, e os dois bateram. 

Após sair do carro, Piquet partiu para a agressão física contra Salazar, diante das câmeras de televisão, em uma cena que demonstra um pouco do seu temperamento competitivo e explosivo. “Salazar não é piloto, é motorista”, declarou Piquet à época. Reveja a cena:

A conquista do bicampeonato na F1 de Nelson Piquet: GP da África em 1983

Em 15 de outubro de 1983, com o terceiro lugar obtido no GP da África do Sul, em Kyalami, Nelson Piquet conquistava seu bicampeonato na Fórmula 1, a bordo da Brabham-BMW. Alain Prost, seu rival pelo triunfo, abandonou na quinta volta, com um problema no turbo de sua Renault. A vitória foi do italiano Riccardo Patrese, companheiro de Piquet na Brabham.

Contra a quadra francesa: a Renault de Alain Prost e René Arnoux e Patrick Tambay da Ferrari, Piquet conseguiu em 1983 seu segundo título na última corrida, o GP da África do Sul em Kyalami. 

A tática da equipe era colocar pouca gasolina em um dos dois carros, assim forçava a concorrência a forçarem o ritmo e paravam para abastecer. Foi também o primeiro campeonato vencido por um carro com motor Turbo na Fórmula 1!

Vamos revisitar este incrível momento:

https://www.youtube.com/watch?v=BpYUnlIx5rg

Ainda assim, não foi fácil para Nelson levantar seu segundo caneco na categoria em 1983. Foram três vitórias (Brasil, Itália e Brands Hatch), e apenas dois pontos (59 a 57) o separaram do segundo colocado, o francês Alain Prost (Renault). A BMW, assim, tornou-se a primeira fabricante a fazer um campeão mundial de F1 impulsionado por um motor turbo.

Parceria afinada. O projetista Gordon Murray, um dos magos das pranchetas da F1, foi peça fundamental nos triunfos de Nelson Piquet pela Brabham.

🔴 Fique ligado no lançamento oficial das réplicas dos capacetes do Tricampeão Nelson Piquet!

🏁 Foi dada a largada: Estão disponíveis para compra as réplicas dos capacetes do Tricampeão de Fórmula 1, o nosso grande ídolo brasileiro, Nelson Piquet!

Serão disponibilizadas as 3 versões dos capacetes mais importantes de toda a carreira de Piquet na F1, representando as suas maiores conquistas na categoria: A Primeira Vitória em 1981, o Bicampeonato em 1983 e o Tricampeonato em 1987! 🏆

Garanta já a sua réplica oficial, pois são apenas 33 peças de cada ano! Todas são assinadas por Nelson Piquet, acompanhando o Certificado de Autenticidade, o qual comprova que a pintura da réplica segue o mesmo padrão artístico e artesanal dos capacetes produzidos para o piloto Nelson Piquet em toda sua trajetória no automobilismo.

Acesse o seu preferido abaixo e inclua mais esta réplica icônica em sua coleção:

A temporada de 1984…

Para a temporada de 1984, a Brabham e o motor BMW não chegam a piorar. A McLaren, sob o comando de Ron Dennis, foi a equipe que veio para colocar ordem na Fórmula 1.

As inovações introduzidas por Gordon Murray na Brabham não são suficientes, embora Piquet tenha conquistado 9 poles no ano. Chega a liderar por várias provas, mas abandona grande parte delas por problemas mecânicos.

Piquet teve uma grande vitória. O modelo BT53, revisado, vai para o Canadá, em Montreal, com um radiador de óleo instalado no bico do carro. Durante a corrida, o radiador foi esquentando o pé do brasileiro fazendo com que o piloto praticamente abandonasse a corrida. Porém, ele seguiu adiante para vencer de forma brilhante. No podium, ele mostrava o dedo do pé com bolhas para Niki Lauda e Alain Prost. O brasileiro tenta uma reação vencendo em Detroit, nos Estados Unidos, mas fica por aí. Termina o ano em 5º lugar com 29 pontos.

Vamos relembrar um pouco deste grande momento?

Curtiu?! Calma que ainda não estamos nem perto do final dessa memorável trajetória de Nelson Piquet na Fórmula 1… Falaremos com mais detalhes sobre o tricampeonato na terceira parte da história de Nelson Piquet. 🏁🏆

🔴 Bônus: Assista ao episódio sobre a história do capacete de Nelson Piquet!

Alan Mosca vai contar mais uma grande saga da história da Sid Special Paint, desta vez sobre um piloto super especial que é considerado uma lenda na história do automobilismo mundial: O Mestre Brasileiro Tricampeão de Fórmula 1: Nelson Piquet – o nosso grande Nelsão! 🏆

1 thoughts on “A história de Nelson Piquet na Fórmula 1 – Parte 2

  1. Luciano disse:

    Achei esse site nas pesquisas na internet, me interessou
    muito o assunto. Obrigado!

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